terça-feira, 18 de maio de 2010

depois da maratona

depois da maratona fiz mais alguns treinos recuperativos, corri 14 km semana passada, fiz muitos treinos de musculação, alongamento, ciclismo, no domingo fui pra lagoa acompanhar o Ricardo e corri 5 km pra 26 min. achei o tempo legal, fiquei muito contente. Ontem teve só musculação para mm. superiores, e hoje corri 12, 5 km em 1:15 minutos. Corri pela primeira vez sem dor e sem caimbras, e foi tão bom... tão bom! Parecia que esse martírio nunca iria acabar, mas acabou!!!
como diz o ditado popular: não há mal que dure para sempre e nem bem que nunca se acabe!
tudo são fases, e agora é hora da fase boa!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

caimbras

CÂIMBRAS MUSCULARES
A câimbra muscular é um aumento local na tensão de um músculo, resultando em uma contração muscular extremamente dolorosa.São mais freqüentes nos músculos posteriores da perna (pp. panturrilha) e podem se iniciar durante a atividade física, no repouso e até durante o sono.
Apesar de existirem muitas causas para as câimbras, grandes perdas de sódio e líquidos costumam ser os principais fatores que levam os atletas a terem cãibras.
OBS : O sódio é encontrado no nosso corpo na forma de eletrólitos (NaCl – cloreto de sódio) e nada mais é que o sal comum, aquele da nossa dieta.
Exercício prolongado (especialmente em climas muito quentes - perda de grande quantidades de líquidos e sais minerais ( sódio ) pelo organismo através do suor - desidratação = câimbra muscularO sódio é um mineral muito importante na iniciação dos sinais que vão dos nervos para os músculos, para permitir a contração muscular .
Quando um atleta está suando em taxas altas, principalmente nos meses quentes do ano, ele apresenta uma perda grande de sódio no suor .Estudos estão sendo realizados para provar que a reposição do sódio através de um pequeno aumento de sal à dieta e a ingestão de bebidas esportivas com cloreto de sódio diminuem a ocorrência de câimbras (ex: Gatorade)
Outras causas de caimbras musculares:· aquecimento e/ou alongamento insuficiente;· esforço excessivo ou inadequado;· desequilíbrio metabólico;· bloqueio de vasos;· fatores psicológicos – stressÉ muito comum as pessoas atribuírem câimbras à falta de potássio (ou outros minerais como cálcio ou magnésio). A opinião médica atual não dá apoio a esta idéia.Pesquisas mostram que esses minerais são muito menos propensos a causar câimbras. Isso deve-se ao fato de :· as quantidades de potássio, cálcio e magnésio perdidas no suor são muito mais baixas se comparadas com as de sódio e cloreto;· a dieta geralmente fornece quantidades adequadas para prevenir déficits de tais minerais.
Como prevenir as câimbras?· Hidrate-se adequadamente durante o exercício (lembre-se: o exagero também faz ma!)· Reponha níveis de sódio durante os intervalos de exercícios pesados e transpiração intensa com bebida esportiva / isotônico;· Assegure uma recuperação nutricional adequada (particularmente para o sal);· Faça um bom aquecimento antes do treino (para preparar a musculatura);· Faça um bom alongamento antes e após o treino (assim você organiza as fibras musculares e reduz o acúmulo de ácido lático)Medidas “urgentes” quando as câimbras aparecerem:· Faça um alongamento forçado da musculatura;· Massageie a área – esfregar o músculo afetado pode ajudar a aliviar a dor e também auxilia no estímulo à corrente sanguínea e ao movimento de líquidos na área;Exemplo : Apareceu aquela câimbra na panturrilha e você teve que sentar no chão de tanta dor. Empurre seu pé para cima em direção ao joelho. Massageie a “batata” da perna por um tempo. Depois levante-se e alongue a panturrilha de pé.Estimule a recuperação – descanso e reidratação adequada com líquidos que contenham eletrólitos, particularmente sódio, irão rapidamente trazer melhora!Curiosidade : O Gatorade contém 90mg de sódio por 200ml, a mesma quantidade de sódio em um copo de leite ou fatia de pão. Esta é uma quantidade que ajuda a repor o sódio perdido e ainda atende aos padrões do FDA – Food and Drug Administration – para alimentos com baixo teor de sódio.
Por Silvia Guedes – Fisioterapeuta formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais / Especialista em Fisioterapia Esportiva e em Osteopatia
O que será que está acontecendo comigo???
em busca de respostas!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

maratona de São Paulo - a minha prova:

A maratona de São Paulo foi uma prova muito organizada, muito dura que me traz sentimentos únicos.
Eu larguei junto ao grupo geral, e caminhei por 7 minutos até o portão de leitura do chip, onde realmente começa a contar o tempo, como eram mais de 20 mil inscritos, os primeiros kilometros foram muito lentos, mas tudo bem eu estava aquecendo... fui encaixando o meu ritmo, e tentando ficar num pace abaixo dos 6min/km, a minha ideia era manter assim até o km 20 e depois tentar baixar pra 5,5 min/km, o que eu estava fazendo nos treinos. Só que, no km 16 iniciou o meu martírio. Tive uma dor terrível no joelho esquerdo, uma tendinite já conhecida. Que foi aumentando, e tb iniciaram as caimbras. Cada passo que eu dava sentia repuxar um lugar. Primeiro a panturilha, depois os dedos dos pés. Parei num posto de hidratação, peguei uma água, e por um instante pensei em abandonar a prova, me imaginei chegando de ambulância, passou um filme na cabeça, os meus treinos duríssimos ( a prova estava muito mais fácil do que os meus treinos) e o meu desejo de cruzar aquela linha de chegada. Chorei. Aquele sentimento doeu muito. Joguei aquele copo água fora, e sem pensar voltei pra pista, mancando, rezando e escorrendo algumas lágrimas, fui tentando esquecer a dor. Pensando que só faltavam 9 km. Todo o meu objetivo mudou a partir daí. Eu treinei por 3 meses planejando baixar o tempo da prova, e a partir daí, o único objetivo era apenas terminar.
É muito difícil correr tendo que superar o esforço muscular, é bem melhor quando só o pulmão não aguenta mais... quando o esforço é cardio-respiratório. Mas só tem sucesso na vida aqueles não escolhem os problemas, enfrenta todos os que aparecerem. E era isso que eu pensava, precisava superar aquele momento, vencer a crise. E a dor aos poucos foi passando, no km 18 eu não me lembrava mais dela, acelerei de novo, encaixei novamente o meu ritmo e fui...
Quando chegou o 20º. entramos na USP, e eu acelerei mais, mas logo as caimbras voltaram. Parei, alonguei novamente. Voltei pra pista. Havia gatorade no km 22,5 que delicia achei que me ajudaria muito, entretanto mais 1 km e caimbras nos posteriores da coxa desta vez (isquitibiais) ME DEU UMA RAIVA NESTE MOMENTO. Eu não parei, ao contrario, acelerei.... e pensei que iria cruzar aquela linha nem que fosse rastejando... fui embora, tentando fazer os movimentos corretos da marcha, pra usar todos os músculos e não sobre carregar nenhum.
De repente avistei ao longe a faixa indicando fim da prova. Eram 200 mts até lá... fui voando... com o resto de forças que eu tinha. Abracei o Ricardo que estava me esperando. Chorei novamente.
Uma prova de superação pra mim, de medição da minha capacidade de administrar os problemas, e da qual tirarei muitas lições pra vida. Eu posso até fazer outras vezes essa corrida, posso ainda, fazer em tempo muito menor, mas, acho, que nenhuma vai me trazer tantos ensinamentos quanto essa.
Obrigada meu Deus!