sexta-feira, 22 de abril de 2011

De onde vem a inspiração?

É preciso ter muita inspiração para ter transpiração.
É muito comum me perguntarem sobre o que me inspira, em que eu fico pensando enquanto estou correndo, como me motivo???
É difícil responder de forma objetiva, porque depende muito do meu estado emocional. Quando a vida profissional e pesssoal vai bem, tudo é mais fácil. Corro porque to feliz, tenho disposição mesmo depois de um dia de muito trabalho. Mas quando algo ruim acontece, realmente é muito difícil. O sabotador que existe dentro de mim me faz propostas indecentes, me oferece coisas e programas irrecusáveis, me faz ver coisas que eu não veria, me faz me sentir mais cansada do que estou, me oferece outro dia com treino em dobro. Ele é o “xifrudo” mesmo, minha gente.
Mas como eu sou mais esperta que ele, eu tento treinar de manhã, assim não deu tempo de nada que atrapalhe meu treino aconteça. Se eu tiver mais tempo no fim da tarde, eu volto pra academia, pra musculação, speening, jump e outras cositas más.
Quanto sobre o que eu penso durante a corrida, também é uma longa lista. Eu já me acostumei a estar sozinha, então esse momento de “solidão” é mais natural agora. Eu sempre estou com o Ipod, seleciono minhas músicas, vou curtindo cada uma, às vezes vou pensando em coisas do trabalho, às vezes vou pensando na família, na vida... Mas a maior parte do tempo, me concentro no treino mesmo, no tempo que estou fazendo, nas medidas do GPS, na minha FC, me concentro pra encarar uma subida ou descida, vou bolando as estratégias do treino.
Nas provas a coisa é mais diferente. Concentração total, presto atenção nos tempos, na marcha, no movimento das pernas, dos braços e brinco muito de buscar metas. Olho uma pessoa a minha frente, e sigo em busca de alcançá-la, e se ela pessoa está realmente num ritmo mais forte do meu de conforto, eu traço uma meta de acompanhá-la por uma certa distância... geralmente um ou dois quilômetros.
Na última corrida da qual eu participei, eu assisti minutos antes de sair de casa a Maratona de Londres, e aconteceu uma disputa linda pelo segundo lugar, onde o segundo colocado só fez a ultrapassagem quase em cima da linha de chegada. Comigo, aconteceu parecido. Eu corri a prova toda revezando colocação com uma corredora, hora uma ela estava a frente, outra hora eu passava, mas eu não estava tão empenhada e apertar a velocidade no início e meio da prova, e por isso em dado momento deixei que ela me passasse e a perdi de vista... no km 9, já no final, estávamos na maior subida deste percurso, e eu aumentando o ritmo, como sempre faço no fim das provas, olhei pra frente e a vi ha uns 20 metros. Cheguei perto, colei atrás dela sem que me visse, mantive bem a velocidade, até que acabou a subida e iniciamos a descida e então, eu acelerei muito, de forma que não houve chances de reação. Eu venci aquele duelo.Essa foi a minha inspiração para esta prova. E a cada prova, terá uma diferente da outra...
E assim.. eu vivo correndo...

Grande beijo

2 comentários:

railer disse...

bacana seu texto, jalile.
eu tou precisando de inspiração. tenho ido regularmente à academia, mas deixei o pilates e corrida de lado. pra não ficar sem inspiração, me inscrevi em duas corridas: a volta da lagoa rodrigo de freitas, aqui no rio, e a corrida do centro histórico do rio, pelas ruas da época do império. essa semana já (re)começo os treinos!

Socorro Melo disse...

Oi, Jalile!

Que fôlego, hein? E que disposição.
Muito legal. Admiro os atletas, os desportistas, os que se preocupam com a preparação física, enfim.

Gostei do exemplo citado, onde se saiu vitoriosa.

Um grande abraço
Socorro Melo